Seja para tirar uma ideia do papel, seja para acelerar o crescimento, seja para expandir um negócio, muitos empreendedores procuram diversos tipos de investidores para injetarem capital em suas startups. Isso é essencial, mas alguns cometem uma falha grave: buscam investimentos incompatíveis com a realidade de suas empresas.
A real é que essa missão não pode ser executada de forma precipitada, pois uma decisão equivocada pode prejudicar o empreendimento. O ideal é avaliar a situação da companhia a fim de definir o investidor adequado para atingir os seus objetivos comerciais.
Pensando nisso, selecionamos os tipos de investidores mais promissores da atualidade para ajudar nessa tomada de decisão. Confira!
1. Bootstrapping
O bootstrapping é a primeira etapa de investimentos. Nele, o próprio empreendedor usa o seu dinheiro para investir no negócio. Geralmente, todas as startups começam dessa forma até captarem investimentos maiores.
Isso significa que essa modalidade não tem nada a ver com “receber investimento”, mas precisa ser mencionada para mostrar que toda empresa começa assim, com o proprietário juntando dinheiro para manter o seu empreendimento até atingir a maturidade, o que varia de seis meses a um ano. Após esse período, é necessário obter um ticket maior.
2. Investidor-anjo
O investidor-anjo é uma pessoa física com expertise e capital suficiente para investir em empresas com potencial de sucesso.
Normalmente, eles se reúnem em grupos de pessoas bem-sucedidas para procurar startups atuantes em seus respectivos segmentos de negócio. Os investimentos são realizados em troca da participação nos lucros — que fica entre 5% e 15%. Em média, os valores injetados variam entre R$ 50 mil e R$ 700 mil.
Hoje, esse é um dos tipos mais populares e procurados. Para atrair um anjo para o seu negócio, é preciso providenciar:
- um pitch de apresentação da startup;
- um pitch de vendas (caso seja solicitado);
- um plano de negócio;
- uma projeção financeira que englobe aplicações, investimentos, ganhos, gastos e captação de clientes;
- a procura por investidores compatíveis com a sua área de negócio.
Em regra, as startups inovadoras que faturam menos de R$ 1 milhão ao ano e apresentam um potencial mercadológico têm grandes chances de serem escolhidas por investidores-anjo.
3. Aceleradores
Aceleradores são marcas que concentram os seus investimentos em empresas que permitem um crescimento ágil por meio da escalabilidade das atividades e da conquista de fatias de mercado. Além da injeção de capital, essas organizações oferecem:
- auxílio na captação de clientes;
- auxílio na modelagem de negócio;
- mentoria;
- proximidade com outras instituições para parcerias-chave;
- rede de contatos para desenvolvimento e expansão.
Apenas empreendimentos com um mínimo de maturidade são aprovados em planos de aceleração. No entanto, eles precisam colocar muito a mão na massa para fazer o investimento e o apoio dado pelos aceleradores valer a pena. As parcerias de aceleração variam de segmento para segmento. No geral, ficam entre 5% e 30% da participação da empresa.
4. Capital semente
Os fundos de capital semente podem ser captados por startups até mesmo em fase embrionária, desde que sejam promissoras e/ou revolucionárias. Além disso, os valores injetados podem ser maiores que o dos investidores-anjo, já que são constituídos por empresários que aplicam o dinheiro em conjunto, diminuindo o risco individual e gerando um aporte maior de arrecadação.
Como no investimento-anjo, os participantes do capital semente priorizam o lucro vinculado ao crescimento do negócio, contanto que tenham um avanço acelerado. Nele, os aportes variam de R$ 300 mil até R$ 2 milhões.
5. Incubação de empresas
As incubadoras correspondem a um modelo convencional de investimento que inclui a modelagem básica do empreendimento, a ajuda com técnicas de apresentação, o acesso a conhecimentos estratégicos, o oferecimento de recursos etc. A ação também é recomendada para empresas que buscam expandir.
Elas são ideais para startups que estão em fase inicial pelos seguintes motivos:
- disponibilizam espaço (infraestrutura) para o desenvolvimento das incubadas;
- ajudam na redução de custos operacionais;
- aportam investimentos liberados por editais de verbas públicas;
- focam o crescimento, a consolidação e a inovação dos empreendimentos.
Outro fator relevante das incubadoras é que elas apoiam negócios pouco escaláveis. Portanto, ainda que não tenham um potencial de crescimento imediato e necessitem de tempo para ter escala, podem ser incubadas.
Ao contrário dos demais tipos de investidores, essa variação contém um procedimento mais burocrático de avaliação, como um plano de negócios detalhado (de ponta a ponta), pelo fato de os recursos públicos estarem envolvidos no projeto. Grande parte das incubadoras está vinculada a instituições públicas e universidades federais.
6. Venture Capital
Para arrecadar fundos de Venture Capital, o negócio deve ter uma solução já montada e rodando, com uma boa cartela de clientes a fim de comprovar que é uma startup escalável em termos de investimentos financeiros e de mercado.
Geralmente, o aporte é realizado para a marca em crescimento melhorar os seus produtos/serviços e expandir de forma acelerada. Ele é voltado para pequenas e médias empresas.
A injeção de capital ocorre de diversas formas, como por meio de direitos de participação ou de aquisição de ações. Porém, vale dizer que é mais do que um simples financiamento, pois o investidor, de fato, passará a ser o proprietário de uma parcela do empreendimento e compartilhará a gestão com o dono.
7. Venture Building
Essa modalidade corresponde à fusão de aceleradores, incubadoras e venture capital. Ela viabiliza todo o plano estratégico, a captação de recursos humanos e financeiros e a estrutura física para fazer o negócio obter sucesso.
A missão de uma Venture Builder não é somente criar uma mercadoria específica, mas montar uma empresa promissora. Sua participação em uma startup é gigantesca, podendo chegar a 80% em aportes iniciais.
8. Crowdfunding
É uma espécie de financiamento coletivo em forma de “vaquinha online”. No começo, era uma alternativa para levantar fundos para demandas sociais, por exemplo, para juntar dinheiro para quem necessitava de uma intervenção cirúrgica ou de um tratamento de saúde.
Com a consolidação desse sistema, ele passou a ser utilizado também para acumular capital com investidores para financiar empreendimentos de diversas áreas, portes e segmentos. Dessa forma, surgiram duas outras versões de arrecadação:
- debt crowdfunding: funciona como um empréstimo em que o valor doado é restituído após um tempo, com juros adicionais;
- equity crowdfunding: é quando investidores contribuem para alavancar startups com o objetivo de financiar o seu crescimento.
Se a sua empresa visar a um retorno não só para um nicho de mercado específico, mas para a sociedade e/ou para o meio ambiente, essa é uma boa opção para conseguir investimentos.
Você conheceu diversos tipos de investidores neste conteúdo. Por isso, é importante identificar e analisar as características de cada um para fazer a melhor escolha. Assim, a sua startup terá apoio e aporte necessários para funcionar e expandir.
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