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Capital de giro: entenda a importância e para quê serve

Capital de giro: entenda a importância e para quê serve

Controlar as finanças da empresa é uma das ações primordiais para mantê-la funcionando bem. Segundo dados do IBGE, 60% dos empreendimentos fecham ainda nos primeiros 5 anos de funcionamento. O Sebrae aponta que um dos motivos de fracasso de um negócio é a falta de capital de giro.

Tal conceito se refere à existência de dinheiro suficiente ― que pode ser na forma de um bem ― para que a empresa continue funcionando. Abrange uma análise maior do que apenas contabilizar o saldo no final do mês.

Entenda melhor essa definição, a importância e como fazer o cálculo. Continue a leitura!
O que você vai aprender neste artigo:

O que é capital de giro?

Administrar o capital de giro significa gerenciar as contas da empresa (o que ela tem a receber e o que tem a pagar) em um período ― por convenção, adota-se o tempo de 12 meses. Entram nessa conta o ativo circulante e o passivo circulante.

Na contabilidade, o conceito de circulante é aquilo que tem condições de ser transformado em dinheiro em um curto espaço de tempo. Assim, investimentos fixos, como máquinas e equipamentos necessários para o negócio produzir, não fazem parte do cálculo. Já investimentos líquidos, como a compra de títulos de rendimento, entram na apuração, pois, seu resgate pode ser feito em pouco tempo e não coloca a produção da empresa em risco.

Então, para deixar mais claro, podemos mencionar alguns exemplos de cada:

  • ativo circulante: as receitas, como dinheiro no caixa, prestações a receber nos próximos meses, saldo na conta bancária, produtos do estoque, aplicações financeiras;
  • passivo circulante: as despesas, como salários dos funcionários, contas recorrentes (água, luz, etc.), impostos, prestações a pagar aos fornecedores, empréstimos e financiamentos.

Qual é a sua importância no empreendimento?

O cálculo é importante para demonstrar, de forma mais clara, a realidade da empresa. Isso porque é de praxe, quando se trabalha com vendas, possibilitar aos clientes o parcelamento das compras. Ao mesmo tempo, o empreendimento pode adquirir suprimentos dos fornecedores e ter a necessidade de pagá-los em prestações.

Ter a visão apenas do lucro mensal tende a gerar ilusões quanto aos rendimentos. A cada mês, as receitas e despesas são diferentes, não seguem uma estabilidade. Assim, pode acontecer de no mês X a empresa fechar no azul, porém, no mês Y fechar no vermelho.

Ou seja, essa visão ampla dá mais possibilidades de se planejar quanto às suas obrigações. Assim, não existem furos no caixa que o obrigue a realizar empréstimos de modo a conseguir pagar impostos, fornecedores, salários dos empregados, contas de luz e água, etc. O que se visa é o equilíbrio para que o empreendimento mantenha uma boa saúde financeira.

Como realizar o cálculo do capital de giro?

Seu cálculo não é complexo, pois, basta fazer um somatório de todo o ativo circulante no prazo de 12 meses e subtrair dele todo o passivo circulante nesse mesmo tempo. Assim:

  • capital de giro líquido = AC – PC

Então, podemos ter, como hipótese, a seguinte situação: determinada empresa fez seus cálculos e planejamentos para os próximos meses e percebeu que:

  • o ativo circulante, até o momento, ficou em R$100 mil. Entraram no cálculo os futuros pagamentos que os clientes parcelaram, o saldo da conta, a disponibilidade atual do caixa e os produtos no estoque com viabilidade de liquidez;
  • o passivo circulante, até o momento, ficou em R$80 mil. Entraram na conta os pagamentos para todos os funcionários nos próximos meses, os tributos a pagar e as prestações com os fornecedores.

O capital de giro, nesse caso, ficou positivo em R$20 mil. Isso é bom, em princípio. No entanto, não se esqueça de que receitas e despesas estão sempre mudando, então tal planejamento não deve ficar engessado. Até porque contar com receitas que entrarão no futuro é algo incerto, pois, existem os inadimplentes, por exemplo.

Assim, concluindo, é importante que o somatório do ativo circulante seja maior que o do passivo circulante para evitar que nesse meio tempo a empresa feche algum mês com saldo negativo e precise fazer empréstimos, tendo que pagar altos juros depois.

Quais cuidados você deve ter?

Os cuidados devem ser exatamente no controle constante para evitar decisões prejudiciais, como a de ter que pegar empréstimos bancários a fim de cobrir o saldo negativo do caixa. Algumas estratégias podem ajudar a aumentar a receita ou diminuir as despesas. Dessa forma, tenha atenção aos seguintes pontos.

Descobrir os inadimplentes

Os devedores são, muitas vezes, os responsáveis por causarem grande impacto nas contas da empresa. Assim, essa parte não pode ser negligenciada. Primeiro, você deve ter um controle apurado para identificar quem está inadimplente. Tentar facilitar o pagamento, como enviar boletos por e-mail, é uma boa solução.

Outra ideia é mandar lembretes prévios para que não esqueçam da parcela. Muitas pessoas não têm controle financeiro em casa, pagam as primeiras contas que chegam e se esquecem das que atrasam. Uma tecnologia de cobrança automatizada é mais uma opção.

Negociar com fornecedores

Primeiro, é recomendado ter um cadastro dos melhores fornecedores ― confiáveis, com preços justos, que tenham produtos de qualidade ― para a empresa não ficar dependendo de apenas um e se ver obrigada a aceitar as condições impostas.

Fazer negociações, com várias compras, pode gerar bons descontos. Isso diminui o total do passivo circulante, o que acaba por otimizar o valor do capital de giro.

Investir em um sistema automatizado

O fluxo de caixa não é constante, principalmente quando o negócio comercializa produtos sazonais. Além disso, uma empresa grande pode ter dificuldade de controlar que dia vai entrar cada parcela de cada cliente. Existe ainda o cálculo das taxas repassadas às administradoras de cartões ou aos gateways e intermediadores de pagamento. Impostos também podem ser complicados de calcular. Um sistema informatizado pode mostrar um planejamento mais preciso e realista, sem erros nas contas.

Conclusão

Com um bom capital de giro a empresa tem recursos para operar de forma eficiente, mantendo sua saúde financeira. Dessa forma, é essencial ter uma visão clara desse resultado a fim de ter condições de buscar o equilíbrio e garantir um negócio mais escalável. Uma boa forma de conseguir capital de giro, é a antecipação do recebimento, que é feita via intermediador de pagamentos.

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