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Conhece o significado de Lean Startup? Saiba mais sobre o assunto

Saiba mais sobre o que é Lean Startup, metodologia popularizada por Eric Ries, e veja como esse modelo pode ser aplicado.

Conhece o significado de Lean Startup? Saiba mais sobre o assunto

Lean Startup é um conceito que representa uma forma de produção baseado no modelo proposto e aplicado pela empresa Toyota, especializada em veículos. Ele se popularizou a partir da obra “A Startup Enxuta”, de Eric Reyes — outra obra importante que aborda o tema é “Running Lean”, de Ash Maurya.

A ideia é que a empresa foque naquilo que realmente interessa, reduzindo e eliminando os desperdícios e desenvolvendo sua solução (produtos/serviços) de acordo com o que o público considera efetivamente valioso.

Neste artigo, mostraremos os principais pontos sobre o assunto. Leia e conheça melhor o conceito de Startup Enxuta!

O que compõe uma lean startup?

O lean busca criar um modelo de negócios simplificado. O objetivo é focar no que é mais importante, ou seja, aquilo que coloca a empresa mais próxima de ter sucesso. Por conta disso, o modelo é composto por algumas ideias básicas que o orientam.

Primeiro, entregar algo que tenha o menor tamanho possível, o MVP, para gastar o mínimo de tempo e dinheiro. Caso você tenha uma ideia, o objetivo é colocá-la em prática imediatamente, tanto para testar a hipótese quanto para colocar seu nome no mercado. O objetivo é validar a ideia e não, necessariamente, o produto.

Segundo, para cumprir o objetivo acima, é preciso ter uma proposta viável e realista, de modo a colocar a ideia na prática. Assim, além de confirmar que a ideia tem potencial, ainda ajuda a trazer receita e lucro para a empresa mais rapidamente.

Por fim, em terceiro, o produto precisa ser útil tanto para a empresa quanto para o público-alvo. Uma das maiores propostas do modelo lean é entregar valor, e isso precisa ficar claro imediatamente.

O ciclo da Lean Startup

Outro dos principais conceitos da Lean Startup é o ciclo Construir-Medir-Aprender. A primeira etapa, é a construção do produto ou serviço, normalmente como um MVP, que veremos logo a seguir.

O segundo momento do ciclo é o medir, em que são usadas diversas métricas para identificar o potencial do negócio. Entre elas, vale a pena focar nas métricas financeiras, que são os maiores indicadores de sucesso de um negócio, e não olhar apenas para métricas de vaidade.

Por fim, o último momento é o aprendizado. Os donos da startup pegam todo o conhecimento adquirido no passo anterior, por meio das métricas e do feedback, e decidem entre pivotar a startup, fazer pequenos ajustes ou seguir o rumo. Após isso, o ciclo começa novamente.

A grande pegadinha é que a jornada não começa, necessariamente, na construção. Antes de preparar o MVP, os empreendedores precisam conhecer muito bem tanto o mercado quanto a ideia. Ou seja, ter indicadores sobre o público-alvo, fazer um estudo de viabilidade e conhecer suas dores. Além disso, precisa estabelecer uma proposta de valor do produto — aí sim é hora de mergulhar no MVP.

O MVP

Mencionamos algumas vezes no post o conceito de MVP, e agora vamos deixá-lo um pouco mais claro. O Minimum Viable Product, ou o Produto Mínimo Viável, é semelhante a um beta de um produto. Ele é um esqueleto da ideia, com as mínimas funcionalidades e com pouco investimento. Como vimos acima, seu objetivo é recolher feedback para confirmar ou pivotar a ideia.

Para entender a importância do MVP, imagine uma região que não tem um hospital. Isso é um problema enorme, já que as pessoas precisam de atendimento de saúde. Porém, construir um grande hospital leva muito tempo e o público precisa de auxílio rápido. Em vez disso, é construído um centro de emergência menor para resolver o problema antes da construção do hospital completo.

Trazendo para a realidade das startups, o MPV resolve um dos maiores problemas. A ideia é evitar que seja feito um grande investimento em um produto que não é aceito pelo mercado. Na verdade, isso é tão importante que é o maior motivo de mortalidade das startups. O MVP ajuda a reconhecer se existe a demanda pela solução no mercado, sem um comprometimento irrecuperável.

Pivotar

O pivô é um dos maiores benefícios da Lean Startup. É a terceira parte do ciclo, após criar o MVP e recolher feedback. Seu objetivo é evitar o fim da startup por falta de mercado, mas caso você perceba que existe esse problema, ainda há tempo para mudar o foco do negócio. Esse é o maior objetivo de fazer tudo tão rápido, mais até do que o faturamento e lucro, pois garante uma empresa sustentável.

Quais as vantagens da Lean Startup?

A Lean Startup torna os objetivos mais precisos e eficientes, já que visa àquilo que realmente apresenta valor. Entre suas muitas vantagens, destacamos algumas. Veja!

O aumento da produtividade

Focando somente no que tem importância, a empresa desenvolve processos mais diretos e velozes. Consequentemente, a medida poupará tempo e dinheiro, além de proporcionar um aumento da produtividade.

A redução de desperdícios e custos

Com a aplicação da metodologia, o gestor consegue descobrir a fonte de todos os desperdícios com mais agilidade, sejam elas materiais, sejam elas humanas, sejam elas financeiras.

Com a eliminação dos desperdícios, fica mais fácil direcionar os investimentos e reduzir custos na startup. À medida que são eliminadas etapas desnecessárias para que a empresa se desenvolva de forma sustentável, a tendência é que os gastos diminuam e o potencial de lucro cresça.

Uma maior aproximação com os clientes

Aplicando da maneira adequada o ciclo de feedback, o gestor conhece com mais exatidão as motivações e as demandas dos clientes, o que ajuda a criar uma maior aproximação entre a empresa e seu público. Assim, fica mais fácil obter consumidores fidelizados, os quais poderão referenciar a startup para conhecidos, amigos e familiares.

Como aplicar a metodologia na empresa?

A Lean Startup está fundamentada em 3 pilares básicos, a partir dos quais é possível implementar a metodologia na empresa: desenvolvimento ágil, customer development e uso da tecnologia.

Faça com que os colaboradores participem

Para que a metodologia dê certo, é preciso que todos da startup participem e trabalhem em conformidade com os princípios da Startup Enxuta, evitando os desperdícios e otimizando o tempo.

Tenha um desenvolvimento ágil

O método ágil está baseado no conceito de iteração. Certas técnicas ajudam a reduzir o tempo de cada iteração de desenvolvimento do projeto, o que acelera a velocidade do aprendizado por meio do feedback efetivo dos clientes/usuários e do mercado potencial.

Entre essas técnicas, podemos citar:

  • Extreming Programming (XP) – o foco é na agilidade das equipes e na qualidade dos projetos, valorizando a simplicidade, o feedback, a comunicação e a coragem;
  • Scrum – gestão dinâmica que facilita a definição dos objetivos e o cumprimento dos prazos;

Teste novas possibilidades com Customer Development

Esse conceito, criado por Steve Blank, consiste no processo cujo objetivo é testar e validar as hipóteses da empresa em relação aos clientes, aos produtos e ao mercado.

Utilize a tecnologia

Mesmo que a startup não ofereça bases tecnológicas, é importante fazer uso de ferramentas tecnológicas durante o processo de criação, desenvolvimento e após a concepção do negócio. A obtenção de escalabilidade também depende, em parte, da tecnologia.

Nesse contexto, convém usar frameworks, serviços, redes sociais e outros recursos que facilitarão o desenvolvimento rápido a custos mais baixos.

A Lean Startup é uma metodologia (ou conjunto de metodologias) que pode ser aplicada durante todo o ciclo de vida de uma startup, desde sua formação e durante todo o seu desenvolvimento, facilitando o crescimento e o alcance de novos patamares de forma equilibrada, ou seja, ela ajuda a tornar o negócio mais escalável.

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