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O que é o Golden Circle e como utilizar essa metodologia na startup?

Entenda de uma vez por todas o que é o Golden Circle e como essa metodologia por ajudar as empresas serem mais inovadores e, principalmente, inspiradoras!

O que é o Golden Circle e como utilizar essa metodologia na startup?

O Golden Circle (ou Círculo Dourado) é uma metodologia que fala sobre a importância de, no centro de um negócio, existir um propósito. Essa é uma ideia simples, como diz o próprio autor da teoria, Simon Sinek, mas que explica como empresas incríveis conseguem se diferenciar das demais e serem inovadoras.

Em um diagrama simples, o Golden Circle explica de forma clara que o caminho para o sucesso de organizações com diferencial em inovação passa pelo porquê, pelo motivo de existir, pela motivação das pessoas fazerem as coisas.

Essa ideia é importante para as startups. Em seus modelos de negócios, essas empresas precisam ser ágeis e inovadoras. Para isso, é necessário que seus colaboradores estejam engajados e conscientes das metas e dos objetivos, mas, principalmente, do propósito.

É nesse ponto que o Círculo Dourado se mostra uma metodologia importante para startups. Quer entender um pouco mais sobre o assunto? Leia este artigo até o final.

Entenda melhor o que é o Golden Circle

Se alguma vez você ouviu falar ou leu em algum lugar sobre o Golden Circle, provavelmente sabe da relação da ideia com a Apple. O próprio Sinek usa outros exemplos na famosa apresentação que fez sobre a metodologia, como Martin Luther King e os irmãos Wright, mas foi o exemplo da empresa criadora do iPhone que ficou mais conhecido — e isso também diz muito.

A Apple é uma empresa que consegue criar uma relação de fidelidade diferenciada com seus clientes, e é bastante reconhecida por isso. Além disso, ela também é uma companhia conhecida pela inovação, pois sempre consegue entregar algo a mais do que as concorrentes.

Essas duas características têm uma relação entre si, e ambas têm a ver com o propósito da empresa.

Por quê, como e o quê?

O círculo é, na verdade, um gráfico simples em que o “porquê” ocupa a parte central, rodeado pelo “como”, que por sua vez tem o “o quê” em volta. A metodologia explica que a maior parte das empresas se comunica com seus clientes de fora para dentro.

A virada de chave dessa metodologia é colocar um propósito no centro e inverter a ordem da comunicação. O motivo das coisas serem feitas passa a ser o mais importante. Essa é a diferença entre:

  • fazer ótimos computadores, que são bem projetados e fáceis de usar (o que e como);
  • fazer acreditando em desafiar o status quo, em pensar de forma diferente e produzir computadores muito bem projetados, fáceis de usar e com uma interface amigável (com o porquê no centro).

O Golden Circle na prática

O Golden Circle, na prática, é uma forma de diferenciar a forma como a empresa se vê e, consequentemente, se vende. Normalmente, campanhas de marketing giram em torno de temas em comum, como preço e o quanto o negócio é melhor do que os outros. O problema é que todo mundo fala a mesma coisa.

Os negócios de maior sucesso, como veremos nos exemplos a seguir, seguem o caminho oposto. O produto, e o preço, são as últimas coisas em que eles pensam. Na verdade, eles são apenas veículos para chegar no objetivo e no maior propósito da marca, que é aquilo que ela realmente vende.

A ideia é que um propósito bem definido ajudará a empresa a manter o foco. Existe uma preocupação menor com detalhes técnicos, e muitas das pequenas discussões do dia a dia são resolvidas apenas ao olhar para o propósito da marca.

O Golden Circle pode diferenciar seu negócio

O grande diferencial que o Golden Circle traz para o seu negócio é refletido a partir do comportamento do público. As pessoas estão cada vez mais conscientes, priorizando compras de empresas que têm propósitos claros — isso gera empatia no público, engajamento e mais vendas.

O diferencial é que você não está mais vendendo um produto ou serviço, mas uma causa ou ideia, que é muito mais duradoura do que qualquer produto. A verdade é que essa paixão por produtos e não por uma ideia ou por um propósito mata grandes organizações.

Existem inúmeros exemplos disso por aí. Empresas de máquinas de fotografia morreram quando surgiu o celular com câmeras, e locadoras de vídeo deixaram de existir quando surgiu o streaming. Essas marcas se apaixonaram por produtos, e quando surge um melhor, elas perdem a relevância.

Por outro lado, organizações que têm um propósito claro criam produtos para ajudar as pessoas a cumpri-lo — mais uma vez, a Apple é um ótimo exemplo.

Além disso, o diferencial da empresa não é só para os clientes e para o mercado, ele também afeta o público interno. Quando existe um propósito e um por quê claros, é mais fácil se comunicar com os colaboradores e os motivá-los — é mais fácil aplicar modelos como o open innovation, por exemplo.

Por fim, quando uma empresa tem isso bem claro, ela tende a procurar pessoas que compartilhem dos mesmos valores. Todos os pontos acima combinados, resultam em um ambiente muito mais produtivo.

Conheça outros exemplos além da Apple

A Apple não é a única marca conhecida por aplicar bem o que ficou conhecido como Golden Circle. Também há diversos outros exemplos. Aqui, vamos apresentar dois deles, de duas empresas brasileiras.

Natura

Um exemplo já conhecido é o da Natural. A marca tem um propósito muito claro, forte, presente na cultura, e que é um importante motor de crescimento da companhia.

Segundo a própria empresa, a Natura acredita “no potencial das relações e no poder da cosmética como ampliadora de consciência”. Isso, de acordo com a Natura, faz com que as pessoas se conectem com o seu próprio corpo, com o ambiente a sua volta e com os outros indivíduos da sociedade.

Assim, a marca aplica esse propósito à maneira como funcionam os processos e a produção, mas também aos produtos, promovendo o que ela chama de “bem estar bem”.

Nubank

Um exemplo mais recente, mas também valioso para entender a importância do Golden Circle como metodologia, é o Nubank. Assim como a Apple, a fintech brasileira criou uma legião de fãs defensores da marca, muito bem calçada em um propósito que inspira as pessoas. Afinal, falar de motivação é falar sobre inspiração.

O Nubank não pretende vender apenas cartões de crédito e demais serviços financeiros. Ela vai além disso e vende liberdade financeira para os seus clientes. Motivada por isso, a empresa cria produtos e serviços para as pessoas.

Veja como utilizar a metodologia

Depois de falar de exemplos tão inspiradores, o primeiro passo para aplicar o Golden Circle talvez já tenha ficado um pouco claro: é preciso ter um propósito! O porquê de uma empresa existir é aquilo que justifica a sua existência.

Esse propósito é importante para criar um vínculo emocional entre marca e cliente. Quando se tem um propósito bem definido e bem difundido entre os consumidores, as pessoas deixam de consumir os produtos e passam a comprar uma ideia.

Incorpore-o à filosofia da empresa

O propósito de existir de uma empresa não é apenas uma frase no papel. Essa ideia precisa ser algo sem o qual ela perca o sentido. Ela pode, a princípio, parecer abstrata, então, para torná-la mais palpável, proponho que a gente faça o caminho inverso do Círculo Dourado e pense em uma marca como aquela lá do início do texto, cujo foco está sobre o “o quê”.

Se o que essa empresa faz é vender celular, ela simplesmente deixa de existir se não tiver mais os aparelhos para venda. O mesmo vale para uma companhia de cartão de crédito. Ela acaba se esse produto não existir mais.

É dessa maneira que o “porquê” deve ser encarado. Sem ele, não existe sentido na existência da empresa. Para que isso aconteça de forma genuína, todas as lideranças e colaboradores precisam vivenciar isso, e os clientes precisam identificar esse propósito.

Fortaleça a cultura organizacional

Uma cultura organizacional forte é fundamental para que um propósito se dissemine entre as pessoas, afinal, como dissemos, a ideia não pode ficar apenas no papel, por isso, o fator humano é imprescindível.

Assim como explicamos no nosso artigo sobre compliance, a cultura é responsável por regular e inspirar o comportamento dos indivíduos por meio de valores. É importante também que as ideias estejam presentes na empresa desde a contratação dos colaboradores.

O idealizador do Golden Circle

“As pessoas não compram o que você faz, elas compram o por quê você faz.” Essa frase é de Simon Sinek, o homem por trás do Golden Circle. Ele é palestrante, e autor de livros como “Por que? Como grandes líderes inspiram ação?”. É nesse livro que é introduzida a ideia, a partir da diferença de como certos líderes conseguem inspirar enquanto outros têm grande dificuldade.

Se você é empreendedor, vale a pena conferir as obras de Sinek, já que ele é uma das principais vozes no mundo sobre o assunto. Graças ao seu tempo trabalhando na área, o autor acumulou bastante experiência ao longo dos anos.

Ele é formado na Universidade da Cidade de Londres, com licenciatura em antropologia cultural na Universidade de Brandeis. Profissionalmente, trabalhou em agências de publicidade. É muito conhecido pelo seu vídeo no Ted Talk, em que fala sobre como os grandes líderes inspiram ação. Você pode conferir a palestra no link.

Entender genuinamente o seu propósito e disseminar essa ideia em colaboradores e consumidores nunca será uma tarefa fácil, mas é inspiradora e pode fazer a diferença na vida das pessoas.

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