Você conhece o Open Bank? Essas duas palavras têm mostrado uma importante transformação no mundo financeiro. Isso porque o conceito tende a tornar as operações e os produtos cada vez mais transparentes para os consumidores.
Além do mais, ele tem como objetivo fornecer ferramentas de empoderamento para o consumidor, uma vez que ele terá várias outras opções no momento de adquirir algum tipo de serviço bancário. Quer descobrir, afinal, o que é o Open Bank? Continue a leitura e confira!
O que é o Open Bank?
O Open Bank é um somatório de tecnologias e de regras que têm como propósito permitir o compartilhamento de serviços e de dados de clientes entre corporações financeiras. Isso é feito por meio da incorporação dos seus respectivos sistemas.
A base é um dos princípios mais fundamentais do Open Bank, que é, basicamente, o consentimento do cliente. Logo, as instituições empresariais devem compartilhar os dados com todas as informações sobre o consumidor (seja uma pessoa jurídica, seja uma pessoa física), mas, para isso, é necessária a autorização dessa transmissão para outra corporação.
O Open Bank não é um aplicativo que vai possibilitar o compartilhamento e nem uma mercadoria. Os consumidores, no entanto, terão a chance de solicitar que as corporações empresariais compartilhem os seus dados, se assim for desejado. Isso ocorrerá por meio dos aplicativos que já existem no mercado (das suas respectivas corporações).
É importante ressaltar que o Open Bank não é algo exclusivo do Brasil. O Reino Unido, por exemplo, foi o primeiro país a implementar um sistema bastante parecido no ano de 2018. Já a Austrália chegou a fazê-lo em julho do ano de 2020.
Logo, é importante ressaltar que cada país pode utilizar o Open Bank de acordo com as suas características, liberando o compartilhamento de dados até um determinado nível. Porém, é fundamental que seja um dos objetivos principais e mais relevantes a promoção de concorrência e de eficiência e que sejam oferecidos produtos de qualidade para o consumidor final.
Como funcionará o Open Bank no Brasil?
No Brasil, é imaginável que haja o compartilhamento dos dados de cadastro. Esses dados, geralmente, são os mesmos que são solicitados pelos bancos. Entre eles, estão:
- serviços solicitados pelo cliente;
- dados transacionais;
- dados pessoais;
- dados sobre mercadorias.
Quais são as vantagens do Open Bank?
Podemos dizer que o Open Bank tem como ponto de partida a premissa de que os dados do cliente são de sua propriedade e não da instituição bancária à qual ele está vinculado.
Atualmente, o Brasil passa por uma grande assimetria de informações. A exemplo disso, podemos dizer que, se um determinado cliente tem uma conta em um banco B, essa corporação detém o histórico de crédito desse consumidor e, por meio disso, podemos saber se o indivíduo é um bom pagador ou não.
Entretanto, caso o cliente queira solicitar um empréstimo em uma instituição bancária A, na qual não tem uma conta aberta, ele terá bastante dificuldade. Geralmente, isso acontece porque o banco A não tem dados suficientes para avaliar a capacidade de pagamento do cliente, ou seja, ele não saberá se é confiável liberar um determinado crédito, uma vez que não dispõe de informações sobre isso.
O consumidor, portanto, fica totalmente dependente da corporação na qual ele tem a sua conta e, por isso, é sujeito às suas taxas, incentivando ainda mais a elevada concentração bancária no país.
Logo, o Open Bank visa a reduzir essa barreira de entrada em razão desse pré-requisito, facilitando não só os empréstimos, mas também os diversos outros serviços prestados. O intuito é que as instituições bancárias, as empresas de pagamento e as fintechs possam compartilhar os dados entre si.
Assim, o consumidor pode ter o direito de optar pela corporação que está mais alinhada aos seus anseios, tendo um leque de opções para cada tipo de serviço financeiro.
De uma forma resumida, na prática, podemos dizer que é como se o Open Bank permitisse ao cliente a “construção” do seu próprio banco. Dessa forma, o consumidor poderá escolher obter o crédito do banco A, que tem a melhor taxa, acessar o banco B, que dispõe de uma baixa taxa de corretagem, entre outros, seguindo essa linha de raciocínio.
Diante disso, podemos dizer que o Open Bank proporciona:
- liberdade e autonomia: sabemos que a burocracia de uma corporação acaba sendo uma barreira no momento em que você tenta mudar de banco. Ademais, quanto mais tempo você se mantém em uma instituição bancária, mais informações essa empresa terá sobre a sua vida financeira. Ao realizar a migração, parte dessas informações retidas se perde. Já com o Open Bank, o consumidor não fica refém desse tipo de sistema;
- menos custos: as APIs que são abertas estabelecem um sistema bastante integrado quando comparado aos outros, sendo, assim, possível cortar intermediários e facilitar a execução dos processos;
- mais competição: o Open Bank proporciona a redução de barreiras para a entrada de novos produtos e serviços, viabilizando um ambiente muito mais competitivo e com diversas opções para o consumidor.
O que são os APIs do Open Bank?
O application programming interface, extensão da sigla API, é, basicamente, a parte de um sistema que funciona como uma área compartilhada. Essa área serve, sobretudo, para que possamos falar com diversos outros sistemas.
De uma forma mais didática, podemos dizer que toda vez que você acessa um determinado site, o navegador que você usa só consegue mostrar as informações porque há uma conexão com o API do seu servidor. Portanto, podemos finalizar o texto destacando a relevância do Open Bank, uma vez que, além de todas as características já citadas acima, há uma significativa abertura no mercado.
Ainda que vivenciemos, então, um mercado altamente competitivo, é possível estar entre um dos melhores com a adoção de sistemas como esse. Com esforço e dedicação, a sua instituição conseguirá se destacar em meio às várias existentes.
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